21 de Maio de 1941

Neste dia, numa reunião bastante tumultuosa no Comitê Central da Guerra, em Moscou, o General Ivan Iosifovich Proskurov, chefe do Serviço Soviético de Inteligência, defendeu o relatório de um dos seus agentes que dizia que um ataque alemão à União Soviética era iminente.

Stalin recusou-se a aceitar o relatório, alegando que não passava de uma conspiração britânica para empurrar os soviéticos para a guerra.

Mas o General Proskurov insistiu na sua posição e, apesar de apresentar muitas evidências, acabaria por ser preso e mais tarde executado por um pelotão de fuzilamento.

General Ivan Iosifovich Proskurov, chefe do Serviço Soviético de Inteligência.
General Ivan Iosifovich Proskurov, chefe do Serviço Soviético de Inteligência.

19 de Maio de 1942

Neste dia a Segunda Batalha de Kharkov entrava no seu oitavo dia.

Devido à falta de blindados, armas anti-tanque e sofrendo pesadas baixas devido aos bombardeiros Ju 87 Stuka da Luftwaffe, as forças do Marechal Semyon Timoshenko estavam paralisadas no campo de batalha.

No dia anterior o Marechal Timoshenko e o seu Comissário Político Nikita Khrushchev (que nos anos 50 sucederia Stalin no comando da União Soviética) tinham solicitado a Moscou permissão para interromper a ofensiva e recuar para as posições iniciais, mas a resposta de Stalin foi um contundente “não” (evento destacado ontem aqui na página).

No entanto, devido a um forte contra-ataque do 6º Exército alemão do General Paulus (o mesmo que meses mais tarde seria destruído em Stalingrado), Stalin foi obrigado a encarar as evidências e a aceitar a retirada, mas já era tarde demais e muitas unidades do Marechal Timoshenko já tinham sido aniquilidas ou cercadas pelos alemães.

Soldados soviéticos entregando-se a uma unidade alemã durante a contra-ofensiva do 6º Exército na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados soviéticos entregando-se a uma unidade alemã durante a contra-ofensiva do 6º Exército na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados soviéticos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov, Maio de 1942.
Soldados soviéticos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov, Maio de 1942.
Mapa mostrando a extensão máxima da ofensiva soviética na região de Kharkov.
Mapa mostrando a extensão máxima da ofensiva soviética na região de Kharkov.

18 de Maio de 1942

Neste dia a Segunda Batalha de Kharkov entrava no seu sétimo dia.

A ofensiva soviética liderada pelo Marechal Semyon Timoshenko estava completamente paralisada graças aos esforços do poderoso 6º Exército Alemão do General Paulus (o mesmo exército que meses mais tarde seria destruído em Stalingrado).

Apesar de algumas unidades do exército soviético terem penetrado mais de 15 km no interior das linhas alemãs, a superioridade aérea da Luftwaffe na região permitiu aos bombardeiros de mergulho Ju 87 Stuka destruírem mais de 130 blindados e 500 veículos russos.

Neste dia o Marechal Timoshenko e o comissário político Nikita Khrushchev, que em 1953 assumiria a liderança da União Soviética ao suceder Joseph Stalin, solicitavam à Moscou a suspensão imediata da ofensiva contra Kharkov. A resposta de Stalin foi negativa.

Nikita Khrushchev, à esquerda, analisando um mapa da região de Stalingrado.
Nikita Khrushchev, à esquerda, analisando um mapa da região de Stalingrado.
Marechal Semyon Timoshenko.
Marechal Semyon Timoshenko.

15 de Maio de 1942

Neste dia a Segunda Batalha de Kharkov entrava no seu quarto dia.

Tinha início a segunda fase da ofensiva soviética na região de Kharkov contra o poderoso 6º Exército Alemão, sob o comando do General Paulus.

Neste dia os soviéticos conseguiram avançar mais 5 km no interior das linhas alemãs, mas a falta de armas anti-tanque deixou-os em situação crítica quando confrontados com os contra-ataques das formações Panzer.

O reforço da Luftwaffe, prometido por Hitler há 2 dias, finalmente chegava à região e os caças e bombardeiros Stuka começavam imediatamente a massacrar as posições soviéticas, tornando ainda mais difícil a sua missão de ataque. A chegada do reforço aéreo também serviu para aumentar a moral do 6º Exército.

T-34 capturado intacto pelos alemães durante a Segunda Batalha de Kharkov.
T-34 capturado intacto pelos alemães durante a Segunda Batalha de Kharkov.
Mapa mostrando detalhes das deslocações de tropas durante a Segunda Batalha de Kharkov.
Mapa mostrando detalhes das deslocações de tropas durante a Segunda Batalha de Kharkov.

13 de Maio de 1942

Neste dia a Segunda Batalha de Kharkov entrava no seu segundo dia.

O Marechal Semyon Timoshenko, apesar de contar com 6 divisões completas e fortemente armadas, tinha avançado apenas 10 quilômetros no interior das linhas alemãs.

O poderoso 6º Exército do General Paulus (o mesmo que meses mais tarde seria destruído na Batalha de Stalingrado), era a unidade militar mais poderosa de todo o exército alemão e estava conseguindo defender muito bem as suas posições.

Neste dia Hitler anunciava o reforço do apoio aéreo na região, o que serviu para aumentar a moral e a confiança dos alemães.

Soldados russos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados russos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados russos avançando em meio ao fogo de artilharia na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados russos avançando em meio ao fogo de artilharia na Segunda Batalha de Kharkov.
Infantaria russa avançando na Segunda Batalha de Kharkov.
Infantaria russa avançando na Segunda Batalha de Kharkov.
Mapa mostrando detalhes sobre a posição das forças russas e alemãs durante a Segunda Batalha de Kharkov.
Mapa mostrando detalhes sobre a posição das forças russas e alemãs durante a Segunda Batalha de Kharkov.

12 de Maio de 1942

Neste dia tinha início a Segunda Batalha de Kharkov.

No inverno de 1941 / 1942 os alemães falharam no seu objetivo de conquistar Moscou, o que serviu para elevar a moral dos soldados soviéticos.

Nos primeiros meses de 1942 os soviéticos viram uma boa oportunidade de tentarem uma contra-ofensiva contra os alemães, obtendo algum sucesso inicial principalmente na região de Moscou.

As contra-ofensivas russas criaram uma série de saliências ao longo da Frente Leste e foi a partir de uma delas, na região de Kharkov, que o Marechal Semyon Timoshenko lançou uma ofensiva contra o 6º Exército Alemão do recém nomeado General Paulus (o mesmo exército que meses mais tarde seria destruído em Stalingrado).

Começava assim a Batalha de Kharkov.

A ofensiva russa começou às 6h30 da manhã com intenso fogo de artilharia e ataques aéreos ao solo. O avanço da infantaria deu-se cerca de 1 hora depois num movimento de 2 pinças, mas logo no início encontrou uma feroz resistência por parte dos alemães.

Ao fim deste dia os soviéticos tinham avançado apenas 10 quilômetros.

Marechal Semyon Timoshenko.
Marechal Semyon Timoshenko.
Destaque para a região de Kharkov e a ofensiva russa iniciada no dia 12 de Maio de 1942.
Destaque para a região de Kharkov e a ofensiva russa iniciada no dia 12 de Maio de 1942.
Mapa mostrando a situação da Frente Leste entre Dezembro e Maio de 1942.
Mapa mostrando a situação da Frente Leste entre Dezembro e Maio de 1942.

2 de Maio de 1941

Neste dia autoridades alemãs responsáveis pela logística da Operação Barbarossa (invasão alemã da União Soviética) finalizavam os detalhes do Hungerplan (Plano da Fome).

De acordo com os responsáveis, a Alemanha não seria autosuficiente em alimentos durante a guerra, portanto, os soldados combatendo no leste europeu deveriam receber prioridade sobre a distribuição de alimentos, em detrimento da população civil local das zonas ocupadas.

As conclusões a que chegaram os responsáveis nazistas neste dia foram as seguintes:

1. A guerra só poderá continuar se toda a Wehrmacht for alimentada a partir da Rússia;

2. Se tirarmos tudo o que precisarmos da Rússia, provavelmente dezenas de milhões de civis morrerão de fome.

O plano previa que, por períodos que poderiam durar meses, grandes cidades como Kiev não receberiam qualquer tipo de alimento.

Em documentos posteriores os alemães usaram os termos “população excedente” e “população supérflua”. De acordo com os seus cálculos, entre 20 a 30 milhões de ucranianos e russos pertenciam a esta “classe” de seres humanos. 20 a 30 milhões de pessoas que poderiam morrer de fome para que o exército alemão pudesse ser alimentado durante a invasão da Rússia.

Apesar dessas conclusões, o plano foi aprovado.

Na foto, Herbert Backe, o idealizador do Plano da Fome. Depois da guerra foi preso pelos americanos mas, antes de ser julgado em Nuremberg, conseguiu enforcar-se na sua cela no dia 6 de Abril de 1947.

Herbert Backe
Herbert Backe