Neste dia a Batalha da França entrava no seu décimo primeiro dia.
Durante a manhã, uma unidade de reconhecimento da 2ª Divisão Panzer (uma das 3 divisões panzer sob o comando do General Heinz Guderian) alcançava Noyelles-sur-Mer, ao mesmo tempo que a 7º Divisão Panzer do General Erwin Rommel ficava retida no ataque à cidade de Arras.
E assim os alemães chegavam ao Canal da Mancha e fechavam o cerco às tropas aliadas combatendo no norte!
Em 11 dias Heinz Guderian e Erwin Rommel faziam aquilo que os alemães não conseguiram fazer em 4 anos durante a guerra anterior.
Graças à uma excelente coordenação de esforços entre a Wehrmacht e a Luftwaffe, os alemães conseguiram manter abertas as longas e relativamente frágeis linhas de comunicação e suprimentos das suas unidades Panzer.
Um exame mais aprofundado dos documentos da época indicam que as forças terrestres tinham que esperar entre 45-75 minutos pela chegada dos bombardeiros de mergulho Ju 87 Stukas e apenas 10 minutos pelos Henschel Hs 123.
Tal nível de integração e coordenação simplesmente não existia entre os aliados, o que explica em parte o sucesso da campanha alemã na França.
No dia 19 de Maio Maurice Gamelin tinha ordenado que no dia seguinte as tropas presas na Bélgica e no norte da França lutassem para escapar ao cerco, concentrando os combates em zonas mais frágeis no sul, mas nesse mesmo dia o Primeiro Ministro francês Paul Reynaud demitia Gamelin e o substituía por Maxime Weygand (evento destacado ontem aqui na página) que imediatamente cancelou a ordem.
Esta decisão provou ser fatal para as tropas aliadas presas no norte. Com as linhas alemãs tão esticadas no sul, um ataque concentrado de tropas francesas e inglesas provavelmente teria sucesso em quebrar o cerco e estabelecer uma ligação com as restantes forças francesas no sul.
Mais uma decisão errada na longa sucessão de erros que culminaria com a derrota humilhante dos aliados na França.