16 de Maio de 1940

Neste dia a Batalha da França entrava no seu sétimo dia.

Na Bélgica, os ataques do Grupo de Exércitos B do Marechal Fedor von Bock aproximavam-se rapidamente da sua capital, levando a que os belgas evacuassem Bruxelas e fugissem para a cidade de Ostend.

Um pouco mais ao sul, formações blindadas do Grupo de Exércitos A do Marechal Gerd von Rundstedt quebravam as linhas francesas em diversos pontos, capturando milhares de soldados franceses que rendiam-se em massa face ao imparável avanço alemão.

As 3 Divisões Panzer de Heinz Guderian chegavam à cidade francesa de Montcornet e a 7ª Divisão Panzer de Rommel, a famosa “Divisão Fantasma”, chegava a Avesnes-sur-Helpe.

O Alto Comando Alemão, assustado com o rápido avanço das suas divisões blindadas, emitia ordens urgentes para que parassem e aguardassem pela chegada da infantaria. Temiam que os seus flancos, perigosamente expostos, pudessem ser atacados pelos franceses.

As ordens eram geralmente ignoradas e o avanço prosseguia à toda velocidade.

Neste dia o Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill, encontrava-se com o Primeiro Ministro francês, Paul Reynaud. Na conversa que se seguiu Churchill perguntou quantas forças de reserva a França ainda dispunha, ao que o seu homólogo francês respondeu:

“Aucune” (“Nenhuma”).

O plano alemão de atrair as forças aliadas para o interior da Bélgica, através do uso do seu Grupo de Exércitos B, e desferir um golpe de foice pelo sul através do avanço rápido das formações blindadas do Grupo de Exércitos A, estava correndo exatamente como o planejado.

Coluna blindada alemã durante a Batalha da França, Maio de 1940. À frente vemos um blindado checo 38(t).
Coluna blindada alemã durante a Batalha da França, Maio de 1940. À frente vemos um blindado checo 38(t).
Soldado alemão ferido durante a Batalha da França, Maio de 1940.
Soldado alemão ferido durante a Batalha da França, Maio de 1940.
Mapa mostrando detalhes do avanço alemão até ao dia 16 de Maio de 1940. Reparem como o "golpe de foice" começa a formar-se no sul.
Mapa mostrando detalhes do avanço alemão até ao dia 16 de Maio de 1940.
Reparem como o “golpe de foice” começa a formar-se no sul.

14 de Maio de 1940

Neste dia a Batalha da França entrava no seu quinto dia.

Na Holanda o General Rudolf Schmidt, comandante do 9º Corpo Panzer, ameaçou bombardear a cidade de Rotterdam caso a mesma não se rendesse. A guarnição militar da cidade, após avaliar a ameaça, decidiu render-se e a ordem de bombardeio aéreo foi cancelada pela Luftwaffe, no entanto, alguns bombardeiros não a receberam e a cidade foi atingida por 95 toneladas de bombas, matando mais de 1.000 civis.

Neste mesmo dia, quando uma ameaça semelhante foi feita à cidade de Utrecht, o governo holandês, incapaz de deter os bombardeiros inimigos e temendo uma repetição da catástrofe de Rotterdam, decidiu capitular.

Desta forma caía neste dia o primeiro aliado de peso na Batalha da França.

Na Bélgica, na cidade de Dinant, no flanco norte da ofensiva contra a região de Sedan, o General Erwin Rommel liderava pessoalmente uma força de 30 blindados contra posições francesas e belgas que, diante do brutal ataque, foram obrigadas a recuar mais de 5 km.

Na frente do Rio Meuse, na região de Sedan, as 3 Divisões Panzer do General Heinz Guderian (1ª, 2ª e 10ª Divisões Panzer) conseguiam finalmente cruzar o rio e iniciavam o seu rápido avanço em direção ao Canal da Mancha.

Do alto comando alemão vinham ordens expressas para ele diminuir o ritmo do avanço, mas ele as ignorava ou alegava que se tratavam de meras ações de reconhecimento. Foi mais ou menos a partir desta data que ele passou a ser conhecido pelos seus soldados como “Der schnelle Heinz” (O Rápido Heinz).

Quando confrontado com ordens para parar ou diminuir o ritmo, o “Rápido Heinz” costumava ameaçar com demitir-se.

As defesas de Sedan tinham sido destruídas e toda a Frente do Meuse ameaçava colapsar. Agora era apenas uma questão de tempo até o caminho para o Canal da Mancha estar livre e desimpedido.

A Blitzkrieg alemã, ou Guerra Relâmpago, sob a forma de rápidos e contundentes ataques de formações de blindados e uma íntima conjugação de forças terrestres e aéreas, provava a sua superioridade frente às técnicas convencionais de guerra dos aliados ocidentais.

Mapa mostrando o avanço alemão entre os dias 10 e 16 de Maio de 1940.
Mapa mostrando o avanço alemão entre os dias 10 e 16 de Maio de 1940.
General Heinz Guderian no seu centro de comando móvel, próximo à frente de combate durante a Batalha da França.
General Heinz Guderian no seu centro de comando móvel, próximo à frente de combate durante a Batalha da França.
Erwin Rommel orientando as suas tropas durante a Batalha da França.
Erwin Rommel orientando as suas tropas durante a Batalha da França.
O centro completamente destruído da cidade de Rotterdam após o bombadeio aéreo do dia 14 de Maio de 1940.
O centro completamente destruído da cidade de Rotterdam após o bombadeio aéreo do dia 14 de Maio de 1940.

13 de Maio de 1940

Neste dia a Batalha da Noruega entrava no seu 35º dia.

Com toda a região sul e central do país sob domínio alemão, os aliados concentravam-se no norte com o objetivo de cortar o fluxo do precioso minério de ferro sueco que era enviado para a Alemanha através do porto de Narvik.

Com este objetivo em mente, neste dia forças francesas faziam um grande desembarque anfíbio em Bjerkvik, enquanto que do mar navios de guerra aliados bombardeavam a cidade e as posições alemãs na região.

O desembarque foi um sucesso e os franceses conseguiram expulsar os alemães e conquistar a cidade.

No entanto, com a invasão alemã da França, os líderes aliados começavam a considerar a retirada de parte das forças combatendo na Noruega para reforçar as suas posições na Bélgica e na Holanda, o que provaria ser desastroso para o resultado final da Batalha da Noruega.

Soldados alemães avançando para o norte da Noruega.
Soldados alemães avançando para o norte da Noruega.
Soldados de esqui franceses e noruegueses na Frente de Narvik.
Soldados de esqui franceses e noruegueses na Frente de Narvik.