22 de Maio de 1939

Neste dia a Alemanha e a Itália assinavam o Pacto de Aço, uma aliança política e militar entre o regime fascista italiano e o regime nazista alemão.

Inicialmente a ideia era incluir também o Japão, no entanto, divergências quanto as prioridades do pacto impediram a assinatura japonesa do documento (o Japão queria que o foco do pacto fosse a União Soviética, mas a Alemanha e a Itália queriam que o foco principal fosse o Reino Unido e a França).

O documento foi assinado por Galeazzo Ciano, Ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Adolf Hitler e Joachim Von Ribbentrop, Ministro alemão dos Negócios Estrangeiros.

O nome sugerido pelos alemães era “Pacto de Sangue”, no entanto, Mussolini sugeriu a alteração para “Pacto de Aço”, que acabou por ser aceito.

Cerimônia oficial para a assinatura do Pacto de Aço.
Cerimônia oficial para a assinatura do Pacto de Aço.
Galeazzo Ciano, Ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, e Adolf Hitler durante a assinatura do Pacto de Aço.
Galeazzo Ciano, Ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, e Adolf Hitler durante a assinatura do Pacto de Aço.

10 de Maio de 1941

Neste dia decorria um dos eventos mais inusitados e controversos de toda a guerra: Rudolf Hess, Adjunto de Adolf Hitler e uma das figuras de maior destaque no Partido Nazista, lançava-se de paraquedas sobre Eaglesham, ao sul de Glasgow, na Escócia.

O seu objetivo era encontrar-se com o Duque de Hamilton e, aproveitando-se da sua influência, fazer chegar aos líderes britânicos uma proposta de paz entre a Alemanha e o Reino Unido.

Após algumas entrevistas preliminares com Hess, o Duque de Hamilton conferenciou com Winston Churchill, dando-lhe detalhes do seu plano de paz: o Reino Unido poderia manter todos os seus domínios ultramarinos, em troca a Alemanha poderia reinar absoluta na Europa Continental.

Como é óbvio, a proposta foi recusada e Hess foi imediatamente preso.

Os motivos que levaram Hess a fazer essa arriscada viagem ao Reino Unido não são muito claros, mas alguns historiadores acreditam que a principal motivação foi a sua cada vez maior perda de influência na alta cúpula do partido. Queria simplesmente impressionar Hitler e assim ganhar novamente a notoriedade.

É importante frisar que, ao contrário do que pregam muitos neo-nazistas, a intenção de Hess não era a “paz no mundo”! O que ele queria era simplesmente dar liberdade à Hitler na Europa Ocidental para que a Alemanha pudesse fazer a sua guerra de expansão e extermínio no leste europeu.

Rudolf Hess sendo julgado após o fim da guerra no Tribunal de Nuremberg.
Rudolf Hess sendo julgado após o fim da guerra no Tribunal de Nuremberg.
Rudolf Hess.
Rudolf Hess.
Adolf Hitler e Rudolf Hess em 1938.
Adolf Hitler e Rudolf Hess em 1938.

9 de Maio de 1940

Neste dia Adolf Hitler confirmava a data de início da invasão da França para o dia de amanhã, 10 de Maio.

Cerca de 140 divisões alemãs estavam prontas, estacionadas ao longo da fronteira alemã com a França, a Bélgica e a Holanda, à espera de ordens para avançar.

O plano de invasão, conhecido como “Caso Amarelo”, envolvia a participação de 3 grandes grupos de exércitos. O Grupo B, atacando através da Bélgica e Países Baixos, teria por objetivo atrair as atenções das principais forças defensivas francesas e britânicas. O Grupo A, um pouco mais ao sul, aproveitando-se desta situação, atravessaria uma grande força blindada pela região das Ardenas e avançaria pelo interior da França por trás das concentrações de tropas aliadas. O Grupo C atacaria a Linha Maginot, mantendo as suas divisões ocupadas para que não fossem enviadas para reforçar outros setores sob ataque alemão.

Mapa com a disposição das forças aliadas e alemãs no início da invasão da França.
Mapa com a disposição das forças aliadas e alemãs no início da invasão da França.
Coluna blindada alemã à espera de ordens para avançar em direção à França.
Coluna blindada alemã à espera de ordens para avançar em direção à França.
Panzer II e T38 na fronteira da Alemanha com a França.
Panzer II e T38 na fronteira da Alemanha com a França.

30 de Abril de 1945

Neste dia Adolf Hitler e a sua mulher Eva Hitler (nome de solteira, Eva Braun) suicidavam-se no Führerbunker, por volta das 15h30 (hora local).

Com o Exército Vermelho combatendo a menos de 500 metros do bunker, na manhã do dia 30 de Abril Hitler teve uma rápida reunião com o General Helmuth Weidling, comandante da Área Defensiva de Berlim, na qual foi informado que os soldados combatendo na capital ficariam sem munições dentro de poucas horas.

Weidling solicitou mais uma vez à Hitler permissão para concentrarem os esforços com o objetivo de quebrarem o cerco, permitindo assim a fuga de alguns civis e soldados, mas Hitler não respondeu. De acordo com o testemunho de Weidling, nesta manhã Hitler parecia “hipnotizado”.

Às 13h00 Weidling recebia uma ordem direta de Hitler autorizando-o a tentar quebrar o cerco, mas já era tarde demais. Logo depois Hitler, junto com as suas duas secretárias e a sua cozinheira pessoal, almoçaram. Em seguida, na companhia da sua mulher Eva Hitler (Braun), despediram-se dos ocupantes do Führerbunker, incluindo Bormann, Joseph Goebbles e a sua família, as secretárias e diversos oficiais militares.

Às 14h30 entravam ambos nas acomodações privadas de Hitler e, de acordo com várias testemunhas, às 15h30 ouvia-se um disparo vindo do interior. Alguns minutos depois, Heinz Linge e Martinn Bormann entravam no quarto e constatavam a morte de Hitler e da sua mulher.

De acordo com o testemunho do SS-Sturmbannführer Otto Günsche, ajudante de Hitler e a terceira pessoa a entrar no quarto:

“Hitler estava sentado numa poltrona, a cabeça estava caído sobre a mesa à sua frente e saía sangue da sua têmpora direita. A sua pistola, uma Walther PPK 7.65, estava caída aos seus pés. O corpo de Eva não apresentava danos físicos, mas o seu rosto tinha claros sinais de morte por envenenamento.”

Minutos depois os corpos foram levados para fora do Führerbunker e depositados no interior de uma cratera. Gasolina foi derramada por cima dos corpos e, após algumas tentativas falhadas de atear fogo, por volta das 16h00 ambos os corpos começavam a arder.

Às 18h30 os corpos, apenas parcialmente carbonizados, foram cobertos com terra.

Adolf Hitler e Eva Braun.
Adolf Hitler e Eva Braun.

30 de Abril de 1941

Neste dia a Batalha da Grécia chegava oficialmente ao fim.

No dia 6 de Abril de 1941 quase 700 mil soldados alemães e 500 mil soldados italianos invadiam a Grécia a partir da Iugoslávia, Bulgária e Albânia.

A invasão alemã foi uma resposta à desastrosa tentativa italiana de invadir o país em Outubro de 1940. Mussolini, imaginando que a Grécia seria um inimigo fácil de ser derrotado, invadiu o país a partir da Albânia no dia 28 de Outubro de 1940, no entanto, poucas semanas depois, a Itália não só tinha sido expulsa do país como estava sendo ameaçada de ser expulsa da própria Albânia.

Para piorar a situação a Grécia, até então um país neutro, aliou-se ao Reino Unido e no início de 1941 autorizou o desembarque de tropas britânicas no seu território para auxiliar na luta contra os italianos.

Hitler foi obrigado a adiar o início da Operação Barbarossa (a invasão da União Soviética) pois temia que se a Albânia caísse, os britânicos poderiam invadir a Iugoslóvia e conquistar toda a região dos Bálcãs, o que colocaria em risco toda a retaguarda e o flanco sul da sua força de invasão.

Para evitar que isto acontecesse, forças alemãs invadiam o país no dia 6 de Abril e, através de grandes manobras de cerco (neste momento praticamente todo o exército grego e britânico estava combatendo na Albânia), conseguia conquistar o país e expulsar os britânicos.

Neste dia os últimos 42.311 soldados britânicos eram embarcados para a ilha de Creta, para onde o governo grego já tinha sido evacuado alguns dias antes.

Soldados alemães hasteando a bandeira nazista em Atenas.
Soldados alemães hasteando a bandeira nazista em Atenas.
Mapa da Grécia mostrando os detalhes do avanço alemão durante a Batalha da Grécia.
Mapa da Grécia mostrando os detalhes do avanço alemão durante a Batalha da Grécia.

29 de Abril de 1945

Neste dia (provavelmente) foram tiradas as 2 últimas fotografias de Adolf Hitler com vida.

Com algumas unidades do Exército Vermelho combatendo a menos de 1 quilômetro do Führerbunker, neste dia Hitler era fotografado durante uma rápida inspeção aos danos causados na Chancelaria pelos recentes ataques.

Nas fotografias ele aparece ao lado de Julius Schaub, o seu secretário particular.

Adolf Hitler com Julius Schaub, inspecionando os danos causados na Chancelaria.
Adolf Hitler com Julius Schaub, inspecionando os danos causados na Chancelaria.
Adolf Hitler com Julius Schaub, inspecionando os danos causados na Chancelaria.
Adolf Hitler com Julius Schaub, inspecionando os danos causados na Chancelaria.

29 de Abril de 1945

Neste dia a Batalha de Berlim entrava no seu décimo quarto dia.

As primeiras tropas soviéticas cruzavam a ponte Moltke sobre o rio Spree e entravam no distrito governamental da capital alemã, a menos de 1 quilômetro da Chancelaria e do Führerbunker.

O primeiro edifício a ser capturado foi o quartel general da Gestapo, mas um forte contra-ataque de algumas unidades das Waffen-SS obrigou os soviéticos a recuarem.

E neste dia, pouco antes de se casar com Eva Braun, Adolf Hitler assinava o seu testamento político e a sua “última vontade”, um documento curto no qual ele reconhecia o seu casamento com Eva Braun e o seu desejo de ser cremado após cometer o suicídio.

No seu testamento político Hitler nomeava o Almirante Karl Dönitz como Presidente do Reich e Joseph Goebbels como Chanceler.

Fora de Berlim, soldados alemães combatendo os soviéticos na frente leste tentavam desesperadamente alcançar a frente oeste. O objetivo era evitar a todo custo serem capturados pelos soviéticos.

Mapa mostrando o avanço soviéico pela ponte Moltke e a entrada das primeiras forças no distrito governamental da capital.
Mapa mostrando o avanço soviéico pela ponte Moltke e a entrada das primeiras forças no distrito governamental da capital.
Artilharia soviética nas ruas de Berlim.
Artilharia soviética nas ruas de Berlim.
Destroços e destruição nas ruas de Berlim. Ao fundo vê-se os Portões de Brandemburgo.
Destroços e destruição nas ruas de Berlim. Ao fundo vê-se os Portões de Brandemburgo.
Soldado soviético passando pelo corpo de um soldado alemão morto nos combates em Berlim.
Soldado soviético passando pelo corpo de um soldado alemão morto nos combates em Berlim.
Cidade de Berlim destruída durante os combates em Abril de 1945.
Cidade de Berlim destruída durante os combates em Abril de 1945.

29 de Abril de 1945

Neste dia Adolf Hitler e Eva Braun casavam-se no Führerbunker.
Com a cidade de Berlim completamente cercada e com tropas soviéticas a apenas 1 quilômetro da Chancelaria, Hitler e a sua amante de longa data, Eva Braun, casavam-se numa pequena cerimônia civil pouco depois da meia-noite.
certificate-2
Registro civil de casamento. Reparem como Eva Braun começa a assinar o seu sobrenome de solteiro “Braun”, em seguida risca o “B” e escreve Hitler.
Eva Braun e Adolf Hitler.
Adolf Hitler e Eva Braun.
Bundesarchiv_B_145_Bild-F051673-0059_Adolf_Hitler_und_Eva_Braun_auf_dem_Berghof-e1396678427541
Adolf Hitler e Eva Braun.