15 de Maio de 1940

Neste dia o Comando de Bombardeiros da RAF, motivado pelo bombardeio alemão no dia anterior à cidade holandesa de Rotterdam (evento destacado ontem aqui na página), que destruiu o seu centro histórico e matou cerca de 1.000 civis, alterava a sua política de raids aéreos e passava a incluir também cidades alemãs na sua lista de alvos.
Cidade de Rotterdam destruída após o bombardeio da Luftwaffe do dia 14 de maio de 1940.
Cidade de Rotterdam destruída após o bombardeio da Luftwaffe do dia 14 de maio de 1940.

15 de Maio de 1940

Neste dia a Batalha da França entrava no seu sexto dia.

Após a destruição da cidade de Rotterdam no dia anterior (evento destacado ontem aqui na página) e com uma nova ameaça a pairar sobre Utrecht, a Holanda assinava hoje às 10h15 da manhã os termos da rendição incondicional aos alemães.

Em Gembloux, na região central da Bélgica, terminava neste dia a Batalha de Gembloux. Uma grande força blindada alemã, sob o comando do General Erich Hoepner, tinha por objetivo atacar o centro da principal linha defensiva aliada.

No total o General Hoepner contava com 2 divisões panzer, a 3ª e a 4ª. A 3ª Divisão Panzer era formada por cerca de 340 blindados, a sua maioria tanques leves, sendo que apenas 42 eram tanques médios, 16 eram Panzers III e 26 eram Panzers IV. Na 4ª Divisão Panzer havia cerca de 330 blindados, mas apenas 20 eram Panzers III e apenas 24 eram Panzers IV. A grande vantagem do General Hoepner era o apoio da Luftwaffe, sob a forma de 170 bombardeiros médios e mais de 500 caças.

O resultado foi um empate, com os alemães perdendo cerca de 250 blindados, ou o equivalente a quase uma divisão panzer inteira.

Neste dia a infantaria motorizada do General Guderian dispersava os reforços do recém formado 6º Exército Francês à oeste de Sedan, cortando o flanco sul do 9º Exército, o que levou toda esta formação a colapsar e a render-se em massa.

Neste dia as linhas de comunicação da 7ª Divisão Panzer, sob o comando do General Erwin Rommel, eram cortadas devido ao seu avanço excessivamente rápido. O alto comando alemão não sabia do seu paradeiro, o que levou a que a sua divisão panzer fosse apelidada de “a Divisão Fantasma”.

Ignorando as ordens de parar, Rommel continuou avançando em direção às linhas francesas, cruzando-as num único ponto em Avesnes-sur-Helpe e lançando-as no caos absoluto.

Neste dia o Primeiro Ministro francês, Paul Reynaud, consciente de que as forças aliadas tinham caído na armadilha alemã, telefonava ao Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill, e lhe dizia:

“Nós fomos derrotados. Estamos batidos! Perdemos a batalha.”

Nas palavras de Winston Churchill, ele estava completamente desconsolado.

Cavalaria alemã em missão de patrulha durante a Batalha da França.
Cavalaria alemã em missão de patrulha durante a Batalha da França.
Soldados alemães inspecionando tanques aliados destruídos durante a Batalha da França.
Soldados alemães inspecionando tanques aliados destruídos durante a Batalha da França.
Paul Reynaud, ao centro, desconsolado no dia 15 de Maio ao constatar que as forças aliadas tinham caído na armadilha alemã.
Paul Reynaud, ao centro, desconsolado no dia 15 de Maio ao constatar que as forças aliadas tinham caído na armadilha alemã.
Soldado holandês com uma bandeira branca aproximando-se das linhas alemãs para discutir os termos da rendição.
Soldado holandês com uma bandeira branca aproximando-se das linhas alemãs para discutir os termos da rendição.
General Erich Hoepner que liderou as forças alemãs na Batalha de Gembloux.
General Erich Hoepner que liderou as forças alemãs na Batalha de Gembloux.