21 de Maio de 1941

Neste dia, numa reunião bastante tumultuosa no Comitê Central da Guerra, em Moscou, o General Ivan Iosifovich Proskurov, chefe do Serviço Soviético de Inteligência, defendeu o relatório de um dos seus agentes que dizia que um ataque alemão à União Soviética era iminente.

Stalin recusou-se a aceitar o relatório, alegando que não passava de uma conspiração britânica para empurrar os soviéticos para a guerra.

Mas o General Proskurov insistiu na sua posição e, apesar de apresentar muitas evidências, acabaria por ser preso e mais tarde executado por um pelotão de fuzilamento.

General Ivan Iosifovich Proskurov, chefe do Serviço Soviético de Inteligência.
General Ivan Iosifovich Proskurov, chefe do Serviço Soviético de Inteligência.

21 de Maio de 1899

Neste dia um jovem de apenas 21 anos chamado Ioseb Besarionis Dze Jugashvili era obrigado a abandonar os seus estudos religiosos no Seminário Ortodoxo de Tiflis.

Amante da poesia, chegando mesmo a publicar alguns poemas de relativo sucesso, também adorava literatura ocidental, em especial Victor Hugo.

Apenas semanas antes dos testes finais do seu curso religioso, que o formaria como um padre cristão ortodoxo, foi obrigado a abandonar o seminário devido ao aumento da mensalidade do curso.

Sem ocupação fixa o jovem Jugashvili começou a ler textos proibidos e revolucionários, em especial os textos de um outro jovem chamado Vladimir Lenin. Em pouco tempo decidia virar também um revolucionário.

Mais tarde mudaria o seu nome para Joseph Stalin.

O jovem Joseph Stalin.
O jovem Joseph Stalin.

19 de Maio de 1942

Neste dia a Segunda Batalha de Kharkov entrava no seu oitavo dia.

Devido à falta de blindados, armas anti-tanque e sofrendo pesadas baixas devido aos bombardeiros Ju 87 Stuka da Luftwaffe, as forças do Marechal Semyon Timoshenko estavam paralisadas no campo de batalha.

No dia anterior o Marechal Timoshenko e o seu Comissário Político Nikita Khrushchev (que nos anos 50 sucederia Stalin no comando da União Soviética) tinham solicitado a Moscou permissão para interromper a ofensiva e recuar para as posições iniciais, mas a resposta de Stalin foi um contundente “não” (evento destacado ontem aqui na página).

No entanto, devido a um forte contra-ataque do 6º Exército alemão do General Paulus (o mesmo que meses mais tarde seria destruído em Stalingrado), Stalin foi obrigado a encarar as evidências e a aceitar a retirada, mas já era tarde demais e muitas unidades do Marechal Timoshenko já tinham sido aniquilidas ou cercadas pelos alemães.

Soldados soviéticos entregando-se a uma unidade alemã durante a contra-ofensiva do 6º Exército na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados soviéticos entregando-se a uma unidade alemã durante a contra-ofensiva do 6º Exército na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados soviéticos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov, Maio de 1942.
Soldados soviéticos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov, Maio de 1942.
Mapa mostrando a extensão máxima da ofensiva soviética na região de Kharkov.
Mapa mostrando a extensão máxima da ofensiva soviética na região de Kharkov.