E a arma do dia é…

A pistola semi-automática alemã Walther PPK Polizeipistole Kriminalmodell (Pistola Policial Modelo Detetive), a pistola com a qual Hitler se suicidou no dia 30 de Abril de 1945.

A PPK é a variação mais comum da Walther PP, uma pistola leve e pequena, muito fácil de ser transportada e manuseada.

A pistola pessoal de Hitler era uma Walther PPK 7.65mm/.32 ACP, curiosamente a mesma arma utilizada por James Bond nos romances de Ian Fleming e nos filmes, inclusive os mais recentes.

Também era a pistola de eleição de Elvis Presley, que tinha uma folheada a prata com a inscrição “TCB” (Taking Care of Business).

Começou a ser produzida em 1929 e até hoje foram fabricadas mais de 5 milhões de pistolas da série PP.

PPK original dos anos 30 utilizada pelas forças policiais alemãs.
PPK original dos anos 30 utilizada pelas forças policiais alemãs.
James Bond posando com a sua Walther PPK.
James Bond posando com a sua Walther PPK.
A Walther PPK de Elvis Presley.
A Walther PPK de Elvis Presley.

1 de Maio de 1945

Neste dia a Batalha de Berlim entrava no seu décimo sexto dia.

Às primeiras horas da manhã Joseph Goebbels, então o novo Chanceler da Alemanha, ordenou ao General Hans Krebs e ao Coronel Theodor von Dufving que, sobre a proteção de uma bandeira branca, entregassem ao General Vasily Chuikov, Comandante do 8º Exército de Guardas responsável pelo assalto ao centro da capital, uma carta com os termos de rendição da cidade de Berlim.

A comitiva chegou ao quartel general soviético por volta das 4 horas da manhã e apanhou Chuikov de surpresa. Krebs, que falava russo, informou os soviéticos da morte de Hitler. Chuikov, que não sabia que havia um bunker debaixo da Chancelaria, não deu o braço a torcer e mentiu, dizendo calmamente que já tinha informações sobre o suicídio.

Os termos de rendição da carta sugeria o estabelecimento de um novo governo nacional-socialista na Alemanha com o objetivo de, em conjunto com a União Soviética, expulsar os aliados da Europa Ocidental.

A proposta foi rejeitada. A União Soviética não aceitaria nada a não ser uma rendição incondicional da Alemanha.

Por toda a parte a resistência alemã organizada tinha terminado e apenas algumas unidades das SS mais fanáticas continuavam lutando.

Às primeiras horas da manhã deste dia a guarnição da Torre Flak do Zoológico de Berlim, uma estrutura tão forte que resistia facilmente aos disparos diretos de morteiros de 200mm, rendia-se.

O General Helmuth Weidling, comandante da Área Defensiva de Berlim, tinha dado ordens para que os sobreviventes no bunker de Hitler tentassem fugir do cerco da capital a partir das 21h, mas houve um atraso e as tentativas começaram apenas às 23h.

O primeiro grupo foi liderado pelo General Wilhelm Mohnke, comandante do Distrito Governamental de Berlim e incluía Martin Bormann, Werner Naumann e o pessoal administrativo do bunker (secretárias, operadores de rádio, médicos, enfermeiros, etc.). O grupo acabou por se dividir e Bormann, na companhia do médico Stumpfegger, foram mortos logo após cruzarem o rio Spree.

Burgdorf, que desempenhou um papel central na morte de Erwin Rommel, suicidava-se no bunker ao lado de Krebs.

Apenas um número muito reduzido de sobreviventes conseguiu chegar à frente oeste e render-se aos aliados ocidentais.

O Reichstag parcialmente destruído após a Batalha de Berlim.
O Reichstag parcialmente destruído após a Batalha de Berlim.
General Hans Krebs.
General Hans Krebs.
General Vasily Chuikov.
General Vasily Chuikov.
Guarnição da Torre Flak no Zoológico de Berlim.
Guarnição da Torre Flak no Zoológico de Berlim.
General Wihelm Mohnke.
General Wihelm Mohnke.
General Helmuth Weidling.
General Helmuth Weidling.
Prisioneiros de guerra alemães após a queda da capital alemã.
Prisioneiros de guerra alemães após a queda da capital alemã.
Civis berlinenses limpando os escombros após a queda da capital alemã.
Civis berlinenses limpando os escombros após a queda da capital alemã.

1 de Maio de 1945

Neste dia Joseph Goebbels, então o novo Chanceler da Alemanha após o suicídio de Hitler, e a sua esposa Magda Goebbels, assassinavam os seus seis filhos e se suicidavam nos jardins da Chancelaria.

Por volta das 20 horas deste dia Goebbels, com a ajuda do dentista das SS Helmut Kunz, administrava uma dose elevada de morfina aos seus 6 filhos.

Minutos depois, após confirmarem que todos estavam dormindo, Magda Goebbels e Stumpfegger, o médico pessoal de Hitler, partiam ampolas de cianeto na boca de cada uma das crianças, matando-as instantaneamente.

Logo depois ambos subiram para os jardins da Chancelaria, mordiam cápsulas de cianeto e disparavam um contra o outro ao mesmo tempo.

Os corpos foram molhados com gasolina e queimados, mas devido à escassez de combustível ficaram apenas parcialmente chamuscados, facilitando a sua posterior identificação.

Magda Goebbels era uma nazista fanática e as suas cartas, algumas escritas há mais de 1 mês, indicavam que ela já tinha planos de assassinar os seus filhos há muito tempo.

Em homenagem a Hitler as crianças receberam nomes que começavam pela letra “H”: Helga, Hilde, Helmut, Holde, Hedda e Heide.

A família Goebbels em 1942. À excepção do filho mais velho, em pé atrás da foto, todas as crianças foram assassinadas no bunker no dia 1 de Maio de 1945.
A família Goebbels em 1942. À excepção do filho mais velho, em pé atrás da foto, todas as crianças foram assassinadas no bunker no dia 1 de Maio de 1945.
Joseph Goebbels
Joseph Goebbels
Magda Goebbels
Magda Goebbels