13 de Maio de 1945

Neste dia o soldado nepalês Lachhiman Gurung, combatendo pelo exército indiano no Pacífico, realizava atos de extrema bravura e coragem nas florestas de Burma e por isso receberia a Victoria Cross, a maior condecoração militar britânica.

Entre os dias 12 e 13 de Maio de 1945 o soldado Gurung e mais dois companheiros estavam responsáveis pelo posto mais avançado do seu pelotão quando foram atacados por uma força composta por mais de 200 japoneses.

Por 2 vezes ele lançou de volta granadas de mão que tinham sido lançadas por japoneses para o interior da sua trincheira, mas à terceira vez a granada explodiu, decepando os seus dedos e ferindo gravemente o seu braço direito, o seu rosto e a sua perna.

Com os seus dois outros companheiros também gravemente feridos, o soldado Gurung, agora sozinho e apesar dos seus ferimentos, carregou o seu rifle com a mão esquerda e durante 4 horas (!!) manteve os japoneses afastados.

Durante 4 horas, ferido, sangrando, sem a mão direita e com graves ferimentos pelo corpo, ele aguardava calmamente pelos sucessivos ataques japoneses, disparando à curta distância para garantir que o disparo atingia o alvo.

No fim da batalha foram contados 31 japoneses mortos ao lado da sua trincheira.

Morreu em 12 de Dezembro de 2010, aos 92 anos.

Soldado Lachhiman Gurung pouco antes de ser ferido em combate.
Soldado Lachhiman Gurung pouco antes de ser ferido em combate.
Soldado Lachhiman Gurung sendo recebido na Basílica de Westminster, Londres, para uma cerimônia dedicada a todos os soldados que receberam a Victoria Cross na Segunda Guerra Mundial.
Soldado Lachhiman Gurung sendo recebido na Basílica de Westminster, Londres, para uma cerimônia dedicada a todos os soldados que receberam a Victoria Cross na Segunda Guerra Mundial.

13 de Maio de 1943

Neste dia as últimas forças do Eixo combatendo na Tunísia rendiam-se. Era o fim do Deutsches Afrikakorps.

Após 2 anos e 3 meses de duros combates na África do Norte, período de muitas vitórias e derrotas, o outrora poderoso e destemido Afrikakorps, cercado por forças norte-americanas e britânicas, sucumbia à esmagadora superioridade numérica e material dos aliados e rendia-se.

A perda da África do Norte foi um duro golpe para o Eixo, que via assim comprometida a sua posição no Mediterrâneo.

A maior parte dos prisioneiros de guerra alemães e italianos foram levados para campos de prisioneiros nos EUA e durante a guerra mantiveram uma constante troca de correspondência com o General Rommel.

Emblema do Deutsches Afrikakorps.
Emblema do Deutsches Afrikakorps.

13 de Maio de 1942

Neste dia a Segunda Batalha de Kharkov entrava no seu segundo dia.

O Marechal Semyon Timoshenko, apesar de contar com 6 divisões completas e fortemente armadas, tinha avançado apenas 10 quilômetros no interior das linhas alemãs.

O poderoso 6º Exército do General Paulus (o mesmo que meses mais tarde seria destruído na Batalha de Stalingrado), era a unidade militar mais poderosa de todo o exército alemão e estava conseguindo defender muito bem as suas posições.

Neste dia Hitler anunciava o reforço do apoio aéreo na região, o que serviu para aumentar a moral e a confiança dos alemães.

Soldados russos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados russos em cima de um T-34 na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados russos avançando em meio ao fogo de artilharia na Segunda Batalha de Kharkov.
Soldados russos avançando em meio ao fogo de artilharia na Segunda Batalha de Kharkov.
Infantaria russa avançando na Segunda Batalha de Kharkov.
Infantaria russa avançando na Segunda Batalha de Kharkov.
Mapa mostrando detalhes sobre a posição das forças russas e alemãs durante a Segunda Batalha de Kharkov.
Mapa mostrando detalhes sobre a posição das forças russas e alemãs durante a Segunda Batalha de Kharkov.

13 de Maio de 1940

Neste dia a Batalha da França entrava no seu quarto dia.

A Batalha de Sedan entrava no seu segundo dia e as 3 Divisões Panzer do XIX Korps (1ª, 2ª e 10ª Divisão Panzer), comandadas pelo General Heinz Guderian, conseguiam cruzar o Rio Meuse em 3 pontos graças ao apoio da Luftwaffe (os franceses tinham previsto que o rio só seria cruzado ao fim de no mínimo 4 dias de combate, mas os alemães fizeram-no em menos de 24 horas).

Devido à falta de peças de artilharia os alemães dependiam muito do apoio da Luftwaffe e neste dia, graças às mais de 300 missões de ataque ao solo de 2 “wings” de Ju 87 Stukas (o aparelho foi destacado na seção de ontem da “E a arma do dia é…”), os alemães conseguiram destruir as defesas francesas.

Esse foi o maior bombadeio aéreo da história militar até à data, o que afetou muito a moral dos franceses que defendiam a região de Sedan.

Ao fim da tarde espalhou-se o rumor de que blindados alemães tinham conseguido infiltrar-se atrás das linhas francesas, o que gerou o pânico entre os soldados da 55ª Divisão de Infantaria que guardavam a última linha defensiva em Bulson. Os soldados debandaram em meio ao caos e ao pânico, criando um vazio nas linhas francesas mesmo antes de um único blindado alemão ter cruzado o rio.

Ficou conhecido como o “Pânico de Bulson”.

Na Bélgica, apesar dos alemães terem perdido muitos blindados no dia anterior (evento destacado ontem aqui na página), neste dia os comandantes alemães concentravam todos os seus tanques numa única formação e atacavam o ponto que consideravam mais débil na linha defensiva aliada, o que levou à retirada aliada e à perda de 105 blindados (os alemães perderam 160).

Neste dia a Rainha Wilhelmina da Holanda e o seu governo fugiam para Londres, enquanto a 9ª Divisão alemã aproximava-se dos subúrbios de Rotterdam, que fazia parte da última linha defensiva holandesa, Amsterdam – Rotterdam – Utrecht.

General Heinz Guderian, atrás no seu veículo de comando, orienta as suas formações blindadas na Batalha da França. Reparem na foto: trata-se de uma coluna de Panzers I, o blindado alemão mais leve e ligeiro. Isto prova que o que fez a diferença na Batalha da França não foi a superioridade numérica ou técnica dos equipamentos, mas sim a forma como foram empregados e utilizados.
General Heinz Guderian, atrás no seu veículo de comando, orienta as suas formações blindadas na Batalha da França.
Reparem na foto: trata-se de uma coluna de Panzers I, o blindado alemão mais leve e ligeiro.
Isto prova que o que fez a diferença na Batalha da França não foi a superioridade numérica ou técnica dos equipamentos, mas sim a forma como foram empregados e utilizados.
General Heinz Guderian, no seu veículo de comando, conferenciando com um comandante alemão durante a Batalha da França.
General Heinz Guderian, no seu veículo de comando, conferenciando com um comandante alemão durante a Batalha da França.
Mapa mostrando a movimentação das forças aliadas e alemãs na Batalha da França entre os dias 10 e 16 de Maio de 1940.
Mapa mostrando a movimentação das forças aliadas e alemãs na Batalha da França entre os dias 10 e 16 de Maio de 1940.

13 de Maio de 1940

Neste dia a Batalha da Noruega entrava no seu 35º dia.

Com toda a região sul e central do país sob domínio alemão, os aliados concentravam-se no norte com o objetivo de cortar o fluxo do precioso minério de ferro sueco que era enviado para a Alemanha através do porto de Narvik.

Com este objetivo em mente, neste dia forças francesas faziam um grande desembarque anfíbio em Bjerkvik, enquanto que do mar navios de guerra aliados bombardeavam a cidade e as posições alemãs na região.

O desembarque foi um sucesso e os franceses conseguiram expulsar os alemães e conquistar a cidade.

No entanto, com a invasão alemã da França, os líderes aliados começavam a considerar a retirada de parte das forças combatendo na Noruega para reforçar as suas posições na Bélgica e na Holanda, o que provaria ser desastroso para o resultado final da Batalha da Noruega.

Soldados alemães avançando para o norte da Noruega.
Soldados alemães avançando para o norte da Noruega.
Soldados de esqui franceses e noruegueses na Frente de Narvik.
Soldados de esqui franceses e noruegueses na Frente de Narvik.

13 de Maio de 1940

Neste dia Winston Churchill, Primeiro Ministro britânico recém empossado (evento destacado aqui na página no dia 10 de Maio), fazia o seu primeiro discurso como líder de uma nação em guerra.

Churchill ficou conhecido pelos seus discursos diretos e repletos de frases de impacto. Através deles conseguia manter elevada a moral dos cidadãos britânicos, mesmo quando tudo parecia perdido.

Neste discurso ele proferiu a famosa frase:

“Não tenho nada para oferecer a não ser sangue, trabalho, lágrimas e suor.” (I have nothing to offer but blood, toil, tears and sweat.)

Outra frase de impacto neste discurso:

“Você me pergunta, qual é o nosso objetivo? Eu respondo com uma única palavra: Vitória! Vitória a qualquer custo – Vitória apesar de todo o terror – Vitória, não importa o quão longa e dura seja a jornada, pois sem vitória não há sobrevivência.”

Winston Churchill
Winston Churchill