18 de Maio de 1945

Neste dia o Capitão britânico Philip John Gardner recebia do Rei George VI a Victoria Cross, a maior condecoração militar do Reino Unido.

No dia 23 de Novembro de 1941, então com 26 anos, o Capitão Gardner estava em Tobruk, na Líbia, combatendo o Afrikakorps de Rommel, quando recebeu a missão de resgatar a tripulação de 2 blindados na frente de batalha que tinham sido danificados e estavam sob intenso fogo inimigo.

Ao aproximar-se dos blindados o Capitão Gardner saiu do seu tanque e, debaixo de fogo de metralhadora e artilharia, correu em direção aos seus companheiros, amarrou uma corda de reboque a um dos tanques danificados e retornou ao seu veículo, mas poucos metros depois a corda arrebentou.

Então o Capitão Gardner saiu novamente do seu tanque, pegou no comandante do blindado que tentou rebocar (e que tinha perdido as pernas no combate) e começou a carregá-lo para o seu veículo, mas no caminho foi atingido por estilhaços no pescoço, no braço e nas pernas.

Apesar dos seus ferimentos, alguns deles realmente graves, ele conseguiu transferir o comandante para o seu veículo e, enquanto os alemães e italianos tentavam desesperadamente acertá-los com as suas armas anti-tanque, conseguiu retornar em segurança para a sua base.

Meses depois, na Batalha de Gazala, seria preso pelas forças de Rommel e mantido como prisioneiro até o fim da guerra.

Capitão Philip John Gardner.

18 de Maio de 1942

Neste dia a Segunda Batalha de Kharkov entrava no seu sétimo dia.

A ofensiva soviética liderada pelo Marechal Semyon Timoshenko estava completamente paralisada graças aos esforços do poderoso 6º Exército Alemão do General Paulus (o mesmo exército que meses mais tarde seria destruído em Stalingrado).

Apesar de algumas unidades do exército soviético terem penetrado mais de 15 km no interior das linhas alemãs, a superioridade aérea da Luftwaffe na região permitiu aos bombardeiros de mergulho Ju 87 Stuka destruírem mais de 130 blindados e 500 veículos russos.

Neste dia o Marechal Timoshenko e o comissário político Nikita Khrushchev, que em 1953 assumiria a liderança da União Soviética ao suceder Joseph Stalin, solicitavam à Moscou a suspensão imediata da ofensiva contra Kharkov. A resposta de Stalin foi negativa.

Nikita Khrushchev, à esquerda, analisando um mapa da região de Stalingrado.

Marechal Semyon Timoshenko.

18 de Maio de 1941

Neste dia o cruzador pesado alemão Prinz Eugen partia para encontrar-se com o couraçado alemão Bismarck, o segundo maior navio de guerra alguma vez construído por uma nação europeia (apenas ligeiramente menor do que o Tirpitz, o seu navio-irmão).

Juntos os navios iriam iniciar a Operação Rheinübung, missão de patrulha e ataque a comboios de navios aliados navegando pelo Atlântico Norte com destino ao Reino Unido.

Cruzador pesado alemão Prinz Eugen.

Cruzador pesado alemão Prinz Eugen.

Cruzador pesado alemão Prinz Eugen.

18 de Maio de 1940

Neste dia a Batalha da França entrava no seu nono dia.

Na seção norte da Frente, forças alemãs conquistavam Antuérpia, na Bélgica, e o governo alemão re-incorporava territórios que a Alemanha tinha cedido à Bélgica pelo Tratado de Versalhes (acordo firmado após o fim da Primeira Guerra Mundial).

Neste dia a 7ª Divisão Panzer de Erwin Rommel e a 1ª, 2ª e 10ª Divisões Panzer de Heinz Guderian faziam uma pausa para reabastecer e aguardar pela chegada da infantaria.

Nos últimos 5 dias Rommel tinha avançado mais de 170 km pelo interior da França e feito mais de 10.000 prisioneiros franceses à custa de apenas 36 blindados, mas o contra-ataque do Coronel Charles de Gaulle no dia anterior (evento destacado ontem aqui na página) alertou os líderes militares alemães para a necessidade de reforçar o flanco sul das suas divisões panzers.

Neste dia a cidade de Amiens, à menos de 100 km do Canal da Mancha, caía nas mãos de Guderian.

O “golpe de foice” alemão estava prestes a ser desferido contra as tropas aliadas.

Soldados franceses que se renderam durante a Batalha da França, Maio de 1940.

Soldados aliados cruzando-se com refugiados franceses durante a Batalha da França, Maio de 1940.

Coluna de Panzers II durante a Batalha da França, Maio de 1940.

18 de Maio de 1892

Neste dia nascia na Espanha o General Emilio Esteban-Infantes.

Em Dezembro de 1942 assumiu o comando da 250º Divisão de Infantaria da Wehrmacht, também conhecida como “Divisão Azul”, uma unidade militar composta por voluntários espanhóis que combateram pela Alemanha na Frente Leste.

Devido ao alinhamento ideológico de Franco com Hitler, o ditador espanhol, impossibilitado de participar mais ativamente na guerra devido ao estado caótico do seu país (recém saído de uma guerra civil), autorizou em Junho de 1941 o envio de soldados voluntários espanhóis para a Wehrmacht.

Inicialmente o governo espanhol esperava receber no máximo 4.000 voluntários, mas o número total de soldados que se apresentaram esteve perto dos 20 mil, o suficiente para compor toda uma divisão exclusiva de espanhóis.

Até Março de 1944 cerca de 47 mil espanhóis tinham lutado pela “Divisão Azul”, dos quais 5 mil morreram e 9 mil ficaram feridos.

Mesmo após Março de 1944, mês em que a “Divisão Azul” deixou oficialmente de existir, cerca de 3.000 espanhóis continuaram lutando na Frente Leste, alguns pela Wehrmacht mas outros pelas SS, com destaque para a Spanische-Freiwilligen Kompanie der SS 101 (Companhia de Voluntários Espanhóis das SS nº 101), composta por 140 soldados.

Soldados espanhóis da 250ª Divisão de Infantaria da Wehrmacht (Divisão Azul).

General Emilio Esteban-Infantes.