E a arma do dia é…

Avião de caça alemão Messerschmitt Bf 109.

O avião de caça mais produzido em toda a história da aviação, com quase 34 mil aparelhos entregues entre 1936 e Abril de 1945.

Em conjunto com o Fw 190, fez parte da coluna vertebral da aviação de caça alemã, desempenhando diversos papéis ao longo da guerra. Começou como interceptador, mas variações no seu design levaram-no a desempenhar a função de escolta de bombardeiros, caça-bombardeiro, avião de ataque ao solo e avião de reconhecimento.

Foram alcançadas mais vitórias aéreas com um Bf 109 do que com qualquer outro avião, apesar de muitas delas terem sido conquistadas nos primeiros meses da Operação Barbarossa contra pilotos soviéticos inexperientes e mal treinados.

Mais tarde na guerra, com a intensificação dos bombardeios aliados contra alvos no interior da Alemanha, os pilotos de caça alemães conseguiram subir ainda mais o seu rácio de vitórias. No fim da guerra, 105 pilotos de Bf 109 tinham mais de 100 vitórias aéreas, dos quais 13 pilotos tinham mais de 200 e 2 pilotos tinham mais de 300!

Esse seleto grupo de pilotos de Bf 109 conquistaram, sozinhos, cerca de 15 mil vitórias aéreas! Nas mãos dos pilotos finlandeses o rácio foi de 25:1, ou seja, 25 vitórias para cada baixa. Um feito realmente notável e que comprova a eficiência desse aparelho. Uma autêntica máquina de matar.

Em 1941 já mostrava sinais de “velhice”, principalmente contra os novos modelos de Spitfire que começavam a aparecer na frente oeste. Em resposta a esta defasagem tecnológica foram desenvolvidas muitas variações e feitos muitos upgrades, com destaque para a versão K introduzida no Outono de 1944, o que permitiu ao Bf 109 manter-se competitivo mesmo contra os aviões de caça aliados mais modernos como o P-51D Mustang, o Spitfire Mk. XIV e o Hawker Tempest Mk. V (de todos os aviões de caça da guerra, o Bf 109 era o que tinha a melhor taxa de subida).

Após a guerra foi ainda utilizado durante muitos anos pela aeronáutica de diversos países, com destaque para a Espanha que o produziu sob licença até os anos 60.

Messerschmitt Bf 109 utilizado na campanha da África do Norte. Reparem como a sua pintura era eficiente para o camuflar durante os voos de baixa altitude.
Messerschmitt Bf 109 utilizado na campanha da África do Norte. Reparem como a sua pintura era eficiente para o camuflar durante os voos de baixa altitude.
Linha de montagem do Messerschmitt Bf 109, o caça mais produzido na história da aviação.
Linha de montagem do Messerschmitt Bf 109, o caça mais produzido na história da aviação.
Equipe de solo alinhando um Messerschmitt Bf 109 para a decolagem.
Equipe de solo alinhando um Messerschmitt Bf 109 para a decolagem.
Messerschmitt Bf 109.
Messerschmitt Bf 109.

10 de Maio de 1941

Neste dia decorria um dos eventos mais inusitados e controversos de toda a guerra: Rudolf Hess, Adjunto de Adolf Hitler e uma das figuras de maior destaque no Partido Nazista, lançava-se de paraquedas sobre Eaglesham, ao sul de Glasgow, na Escócia.

O seu objetivo era encontrar-se com o Duque de Hamilton e, aproveitando-se da sua influência, fazer chegar aos líderes britânicos uma proposta de paz entre a Alemanha e o Reino Unido.

Após algumas entrevistas preliminares com Hess, o Duque de Hamilton conferenciou com Winston Churchill, dando-lhe detalhes do seu plano de paz: o Reino Unido poderia manter todos os seus domínios ultramarinos, em troca a Alemanha poderia reinar absoluta na Europa Continental.

Como é óbvio, a proposta foi recusada e Hess foi imediatamente preso.

Os motivos que levaram Hess a fazer essa arriscada viagem ao Reino Unido não são muito claros, mas alguns historiadores acreditam que a principal motivação foi a sua cada vez maior perda de influência na alta cúpula do partido. Queria simplesmente impressionar Hitler e assim ganhar novamente a notoriedade.

É importante frisar que, ao contrário do que pregam muitos neo-nazistas, a intenção de Hess não era a “paz no mundo”! O que ele queria era simplesmente dar liberdade à Hitler na Europa Ocidental para que a Alemanha pudesse fazer a sua guerra de expansão e extermínio no leste europeu.

Rudolf Hess sendo julgado após o fim da guerra no Tribunal de Nuremberg.
Rudolf Hess sendo julgado após o fim da guerra no Tribunal de Nuremberg.
Rudolf Hess.
Rudolf Hess.
Adolf Hitler e Rudolf Hess em 1938.
Adolf Hitler e Rudolf Hess em 1938.

10 de Maio de 1940

Neste dia forças alemãs invadiam o Luxemburgo, a Bélgica e a Holanda, dando assim início à Batalha da França.

Na madrugada do dia 9 para o dia 10 forças alemãs entravam em Luxemburgo, um pequeno país encravado entre a Alemanha, a França e a Bélgica, levando a família real luxemburguesa a ser evacuada para o sul. Ao fim do dia o país já estava sob controle alemão e colunas Panzers aproximavam-se rapidamente da floresta das Ardenas.

Às primeiras horas da manhã unidades de Fallschirmjägers (paraquedistas) da 7ª Divisão Flieger e da 22ª Divisão Luftlande, sob o comando de Kurt Student, eram lançados sobre Hague, bloqueando a estrada para Roterdam, e também sobre a fortaleza belga de Eben-Emael, onde uma pequena força de 78 soldados aterrisaram com planadores mesmo por cima da fortaleza, apanhando os 700 defensores de surpresa e neutralizando-a em poucas horas.

Nos céus da Bélgica e da Holanda a Luftwaffe reinou soberana no primeiro dia da batalha. Graças a um reconhecimento aéreo fotográfico feito dias atrás, a Luftwaffe foi capaz de destruir no solo 83 dos 179 aviões militares belgas nas primeiras 24 horas. Na Holanda a superioridade numérica da Luftwaffe fez-se notar desde o início.

Ao fim do primeiro dia, forças blindadas alemãs tinham avançado quase 20 km no interior da Holanda, levando os líderes aliados a ativarem o Plano Dyle de defesa, que consistia na entrada de forças francesas e inglesas na Bélgica através do rio Dyle para formar uma linha defensiva o mais próximo possível da fronteira holandesa e alemã.

No primeiro dia da Batalha da França os líderes aliados, ao constatarem que o grosso das forças alemãs estava atacando pela Holanda e Bélgica, sentiram-se aliviados e otimistas pois confirmavam as suas suspeitas de que o ataque alemão de 1940 seria uma repetição do ataque alemão de 1914. Não podiam estar mais enganados!

Mapa mostrando os movimentos das tropas aliadas e alemãs entre os dias 10 e 16 de Maio de 1940.
Mapa mostrando os movimentos das tropas aliadas e alemãs entre os dias 10 e 16 de Maio de 1940.
Desenho mostrando como se processou o ataque surpresa à fortaleza de Eben-Emael.
Desenho mostrando como se processou o ataque surpresa à fortaleza de Eben-Emael.
Planadores utilizados pelos Fallschirmjäger (paraquedistas) alemães na tomada da fortaleza de Eben-Emael, na Bélgica.
Planadores utilizados pelos Fallschirmjäger (paraquedistas) alemães na tomada da fortaleza de Eben-Emael, na Bélgica.
Kurt Student.
Kurt Student.
Soldados britânicos marchando para a frente de combate na Bélgica.
Soldados britânicos marchando para a frente de combate na Bélgica.
Soldados franceses e refugiados belgas numa estrada no interior da Bélgica.
Soldados franceses e refugiados belgas numa estrada no interior da Bélgica.
Tropas alemãs nas primeiras horas da invasão da Bélgica. Notem no céu um Ju 87 Stuka em vôo picado.
Tropas alemãs nas primeiras horas da invasão da Bélgica. Notem no céu um Ju 87 Stuka em vôo picado.

10 de Maio de 1940

Neste dia o líder conservador britânico Neville Chamberlain renunciava ao cargo de Primeiro Ministro.

No âmbito da retirada aliada da Noruega, o Partido Trabalhista e o Partido Liberal anunciaram que não fariam mais parte do seu governo.

Sem uma base aliada forte, seria muito difícil manter um bom governo em tempo de guerra, motivo pelo qual ele renunciou, sendo sucedido por Winston Churchill.

Sobre os acordos e compromissos assinados entre Chamberlain e Hitler antes de 1939, Churchill escreveria:

“Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra.”

Morreria 6 meses depois, aos 71 anos.

Winston Churchill
Winston Churchill
Neville Chamberlain
Neville Chamberlain